
Sempre há um nome em jogo, nome próprio, substantivo que a família decide impor; envolvo nomes porque os adoro. No entanto, no fim das contas, vejo que só o vocativo me sobra e, como quem nada tem, eu só chamo e não escuto resposta.
Mais a leste, eu poderia acreditar que, ademais do concreto, há o abstrato sentimento que com nome e sobrenome me responde quando os chamo. Como reclamante, sobretudo, só resposta não me satisfaz, daí eu indago: 'pergunte-me ou me conte algo que vá além da sua mania de querer que tudo seja divertido e falar de amenidades, porque eu quero ser provocado enquanto sou fotografado pelas suas retinas'. Então, eu polemizo e, de resto, já sei de cor e salteado o discurso da problematização. A minha alma pede resoluções que não vem de ninguém, mas interlocuções são seivas brutas que alimentam meus porquês de pensar e agir, com a deficiência (ninguém é perfeito) de crer no dueto.
São parcerias incômodas que atormentam o juízo, cobram serviço de babá ou habilidades múltiplas no campo da maturidade. Eu cresci um pouco, mas estudei o suficiente para algo mais técnico.
E o horário de verão? (anacoluto proposital)
Amanhã, parto para fugir, uns dias, desse horário desastroso, que faz o dia amanhecer mais tarde e a noite ficar com cara de mais curta. O pretexto da minha ida poderia ser 'A Fuga do Horário de Verão", mas nunca vai ser. Eu darei sempre voz à legitimidade e à transparência, sem necessidade de justificativa, mas prefiro: 'rumo ao Nordeste, para poder cantar "a leste, aqui é o mar!' (Só eu sei o que isso realmente significa, porque NÓS não precisamos economizar tanta energia)
Foto: Maceió-AL (por Christian Knepper/Embratur)