Eu preciso explodir uma bomba no Sul do meu corpo
Ou implodir o sistema central
Que não se orienta pelas setas traiçoeiras.
Meu norte não é a sorte
De quem já não mais acredita
Nesse blá blá blá de direções favoráveis.
Eu preciso visitar Recife,
Acolher Maceió que me acolhe tão bem.
Eu preciso detonar São Paulo e as cidades vizinhas.
Pelo território do meu corpo e por onde andei,
Acho que minha próxima parada é outro mundo
- não foi Curitiba -,
Mas como ele é improvável,
Deixe-me desbravar cada avenida
E cada pedacinho da terra e corpo alheios.
Eu preciso esquecer a puta vida
Que me apresentam em cada esquina de cá.
Ler o que tem de ser lido,
Escrever o que tem de ser escrito,
Ganhar o que há tempo foi perdido.
Será preciso?
Meu mal necessário é a dinamite.
Ela está em minhas mãos.
Peça a Deus para eu não me converter ao islã.
Porque Alá, só há lá.
Há Alagoas, de onde vim, sem paz,
Mas achei paz necessária
A fim de que eu possa me ocupar
Em ser feliz,
Em reconstruir o mundo que você implodiu em mim.
Imagem capturada de http://arenaarquitetos.files.wordpress.com/2009/04/adega-mza-croquis-de-cava.jpg
Olá Cristiano, gostei desse seu croqui... Foi desenhado por você?
ResponderExcluirAh... o texto, excelente! Como vc consegue ser intenso nos seus escritos!
Venha visitar Recife, sim... aquecer a alma!
Beijo.
Eu preciso explodir o meu coração! Ele é um grande vilão no meu sistema central
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