Eu sou de Alagoas, terra por onde desembarcou, quando chegou ao Brasil, Clarice Lispector, pelo Porto de Jaraguá; Estado cujos ilustres Paulo Gracindo, Pontes de Miranda, Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, entre outros anônimos remetem suas raízes.
Quero salientar que o ex-presidente Fernando Collor de Mello não é alagoano, apesar de radicado ali por muito tempo e, hoje em Brasília, é senador por nosso Estado.
Há muito mais a saber sobre Alagoas, a fim de que não se cometa certos deslizes em qualquer diálogo que se comente naturalidade ou referências geográficas, coisa que qualquer bairrista ou brasileiro prepotente faz questão de insinuar quando perpetua sua crítica apenas com o fundamento regional e desprezível.
Ah, eu nasci em Alagoas e não vim do Norte, senão da Região Nordeste; na capital Maceió, onde não há seca, visto que está distante do Sertão.
Estou numa terra onde a vida é quase sempre cinza, com chuva fina, dias sem muita cor natural nem graça; onde o país parece mais rico e que compra com este dinheiro cores artificiais para ornamentar e ostentar seu poder.
São Paulo é a terra onde celebrarei mais um ano que se passa e darei boas-vindas ao novo ano, cheio de expectativas. Terra de oportunidades para muitos, que vieram de outras regiões do País ou emigraram de outras nações em busca de um lar, ou lugar melhor.
O tempo aqui parece correr mais rápido, a pressa não pode ser inimiga de absolutamente nada, porque o entorno permanentemente vislumbra perfeição. Gente que não há de se incomodar com a desatenção ou egoísmo, porque poucos têm tempo de parar e ouvir. Algo que me faz pensar numa insensibilidade pandêmica, porque conheci muitos que não estão preocupados com feridas sociais. Até pessoas que não nasceram aqui, já vi que estão contaminadas pela vida moderna que se leva a ansiar a etiqueta de uma grife bacana, a tecnologia para permitir o tempo mais célere e o lazer que se enche a boca esnobar sempre o pódio às custas de mãos que transcendem naturalidade paulista.
O trânsito estressa muito mais do que a capital que nasci; o passeio é mais caro e se paga a cada minuto o preço de viver em uma metrópole. Meus extratos bancários hão de fazer me lembrar das experiências que paguei pra ver. Só não quero surtar!
Alguns meses aqui já me rederam o ritmo louco de pensar no segundo posterior, no dia de amanhã e no ano vindouro. Agora mais um agravante, pelo último dia do ano. Um réveillon metropolitano que eu possa comprar mais que a diversidade de luz, conviver com um sorriso de agradecimento aos poucos que aqui me trouxeram alegria e enfrentar mais uma jornada de silêncios em meio ao ruído da conurbação. Que todos possam ter um ano novo de reflexão sobre suas atitudes e os destinos que buscam seguir! Desejo de 2010 diferente e melhor aos alagoanos, baianos, fluminenses, paraibanos, paulistas, a todos os brasileiros de alma urbana ou de sensibilidade provinciana!
Imagem capturada de http://www.lusopirotecnia.com
Quero salientar que o ex-presidente Fernando Collor de Mello não é alagoano, apesar de radicado ali por muito tempo e, hoje em Brasília, é senador por nosso Estado.
Há muito mais a saber sobre Alagoas, a fim de que não se cometa certos deslizes em qualquer diálogo que se comente naturalidade ou referências geográficas, coisa que qualquer bairrista ou brasileiro prepotente faz questão de insinuar quando perpetua sua crítica apenas com o fundamento regional e desprezível.
Ah, eu nasci em Alagoas e não vim do Norte, senão da Região Nordeste; na capital Maceió, onde não há seca, visto que está distante do Sertão.
Estou numa terra onde a vida é quase sempre cinza, com chuva fina, dias sem muita cor natural nem graça; onde o país parece mais rico e que compra com este dinheiro cores artificiais para ornamentar e ostentar seu poder.
São Paulo é a terra onde celebrarei mais um ano que se passa e darei boas-vindas ao novo ano, cheio de expectativas. Terra de oportunidades para muitos, que vieram de outras regiões do País ou emigraram de outras nações em busca de um lar, ou lugar melhor.
O tempo aqui parece correr mais rápido, a pressa não pode ser inimiga de absolutamente nada, porque o entorno permanentemente vislumbra perfeição. Gente que não há de se incomodar com a desatenção ou egoísmo, porque poucos têm tempo de parar e ouvir. Algo que me faz pensar numa insensibilidade pandêmica, porque conheci muitos que não estão preocupados com feridas sociais. Até pessoas que não nasceram aqui, já vi que estão contaminadas pela vida moderna que se leva a ansiar a etiqueta de uma grife bacana, a tecnologia para permitir o tempo mais célere e o lazer que se enche a boca esnobar sempre o pódio às custas de mãos que transcendem naturalidade paulista.
O trânsito estressa muito mais do que a capital que nasci; o passeio é mais caro e se paga a cada minuto o preço de viver em uma metrópole. Meus extratos bancários hão de fazer me lembrar das experiências que paguei pra ver. Só não quero surtar!
Alguns meses aqui já me rederam o ritmo louco de pensar no segundo posterior, no dia de amanhã e no ano vindouro. Agora mais um agravante, pelo último dia do ano. Um réveillon metropolitano que eu possa comprar mais que a diversidade de luz, conviver com um sorriso de agradecimento aos poucos que aqui me trouxeram alegria e enfrentar mais uma jornada de silêncios em meio ao ruído da conurbação. Que todos possam ter um ano novo de reflexão sobre suas atitudes e os destinos que buscam seguir! Desejo de 2010 diferente e melhor aos alagoanos, baianos, fluminenses, paraibanos, paulistas, a todos os brasileiros de alma urbana ou de sensibilidade provinciana!
Imagem capturada de http://www.lusopirotecnia.com
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