Todo meu rosto despenca fibra por fibra;
Óptica perdida, fora de foco.
Inócuo, eu, molhado, anormal de pingos,
Não sei bem para onde olhar.
E há sempre um contraponto,
Quando me engano da forma mais ingênua...
É lento o bastante tempo que conto.
Apago o mundo, que me resta, em caracteres:
Apagado.
Depois disso, um lapso no tempo.
Um intento alheio de boa vontade,
Porém a verdade é que eu insisto.
Depois disso, eu canso, e o vento
Leva toda a louca insistência.
Então, vem a curva; ela volta.
Eu sangro muito sangue de pingos;
Goteja o tempo de contrapontos...
Ai, curva que leva amargura, some de foco!
Porém a verdade é que acabo insistindo
E sigo a caminho da fibra bandida,
Que um dia eu deixei por conta das horas.
Porém, só a minha vontade é boa
Porque a verdade que, pra mim, mente,
Pelo lapso, parece que voa.
Eu estanco pingos ao meio-dia.
Não vaza um milímetro cúbico de dor à luz solar.
Porém, a verdade que é minha e boa,
Mais ingênua que o enfoque,
Que volta na curva que a vida voa
Para reabilitar a fibra, via vento,
Que despenca no meu rosto sangrento.
Onde o vento faz a curva?
Lá, vou eu criar uma muralha imensa.
Muro das lamentações e crença.
Assim, em aprumo, fechar os olhos e crer
Que perene é o olhar no foco:
Contraponto do rio de lágrimas que corre à toa.
E secará no tempo em pedaços miúdos
A dissipar esta vida que voa.
Imagem capturada de http://downloads.open4group.com/wallpapers/estrada-curva-a2311.jpg
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