Toda segunda-feira é quase a mesma coisa:
Um intuito de qualidade de vida;
O início de uma dieta quase sempre fracassada;
O dia chato para programar uma saída noturna,
Despretensiosa, a fim de mudar o clima.
Então chega o dia após o dia chato
Terça-feira para começar a aula de francês
Ou uma atividade cultural
Distribuída entre os dias de hoje
E dois dias após a primeira aula semanal.
Quarta-feira de programação entediante
Desde a programação da TV aberta
Até os avisos da previsão do tempo;
Esses não parecem preverem completamente
A ingratidão sísmica dos dias brancos.
Levantar-se numa quinta-feira,
Abrir uma janela que isola o mundo
De um quarto apagado;
Deixar o sol entrar e pensar:
Hoje é o último dia de preços em conta no cinema
Até o início da próxima semana.
Ver a vida como um filme habitual.
Das oito às dezoito horas, afinal,
Tudo pode parecer normal.
De longe.
É o dia da sexta-feira brasileira,
Dos goles sem compromisso
E do calendário laboral cumprido.
Há gente que guarda o sábado porque divino é.
Há gente que acorda mais tarde e faz noites demoníacas.
Há mais de milhares de anos, há os que creem
Que é o último dia de trabalho de Deus na sua criação.
Dia das incertezas; dia da fé de cada um.
Manhãs mais brandas; noites periféricas,
Centrais de ócio e deleite de finalização.
Descanso, enfim, aos moldes da cultura mundial.
São contáveis, em sete, para história
O pouco, quase nada, dias banais.
Como incomodar e, sutilmente, fazer falar
Os desgraçados silêncios dominicais?
Oi,
ResponderExcluirMuito bom o texto. Mas, na verdade, eu queria dizer que gostei bastante da sua descrição "sou o dono da casa". Muito bacana o que você escreveu e bem criativo.
Acredito que vou começar a acompanhar seu blog. (risos)
Abração e parabéns!!!
Cristiano
e-mail: lessacristiano@hotmail.com