É muito tola a ideia que as pessoas têm de viver em paz. Perdoem-me aos que atingi, mas a paz não combina muito com o mundo de hoje. O universo de possibilidades inquieta a calmaria de tudo. É correr para estudar, para trabalhar, para vender a mão-de-obra, para receber por ela, para comprar, para comer, para poder fazer tudo o que se tem em mente e, enfim, alcançar a paz.
Por enquanto, caros inquietos e sonhadores da paz, cabem-lhes duas coisas: dançar conforme a música e aguardar o dia do descanso. Este ano há muitos feriados durante dias brancos; não terão paz, mas poderão refletir sobre ela, nas horas vagas que o sistema concedeu.
Aos que gostam de amar, que estejam preparados para a inquietação! O amor pede demonstrações, talvez não as exija, porém, de regra, na entrelinha ele se submete aos apelos: uns sussuram, outros gritam, mas a voz não se cala. Quando houver silêncio, desconfiem. Então, apelem ou calem e vejam que a desconfiança é profética.
Se agonia chegar a ponto de cansar... pronto, contemple! Contemple essa paz que você deseja. Volte sua imaginação para ela, contudo desejando profeticamente viver naquele paraíso. Regresse, então, ao estado de movimento e tente mais uma vez ser são, herói ou poeta, assim terá vaga garantida no lugar em que você desejou estar. Se conseguir transpassar a chama desassossegada da sua realidade sem que se queime, então transcenderá para os Campos Elísios.
Não obstante, não consigo dizer certamente se lá é assim. Imagino que sim, porque o silogismo mais coerente o qual posso ter é que a existência do desejo, associada à peleja diária pela meta, talvez, leve a tal lugar. A única certeza que posso ter é que, se lá você conseguir chegar, não terá como me confirmar mais uma de minhas sensíveis teorias.
Por enquanto, caros inquietos e sonhadores da paz, cabem-lhes duas coisas: dançar conforme a música e aguardar o dia do descanso. Este ano há muitos feriados durante dias brancos; não terão paz, mas poderão refletir sobre ela, nas horas vagas que o sistema concedeu.
Aos que gostam de amar, que estejam preparados para a inquietação! O amor pede demonstrações, talvez não as exija, porém, de regra, na entrelinha ele se submete aos apelos: uns sussuram, outros gritam, mas a voz não se cala. Quando houver silêncio, desconfiem. Então, apelem ou calem e vejam que a desconfiança é profética.
Se agonia chegar a ponto de cansar... pronto, contemple! Contemple essa paz que você deseja. Volte sua imaginação para ela, contudo desejando profeticamente viver naquele paraíso. Regresse, então, ao estado de movimento e tente mais uma vez ser são, herói ou poeta, assim terá vaga garantida no lugar em que você desejou estar. Se conseguir transpassar a chama desassossegada da sua realidade sem que se queime, então transcenderá para os Campos Elísios.
Não obstante, não consigo dizer certamente se lá é assim. Imagino que sim, porque o silogismo mais coerente o qual posso ter é que a existência do desejo, associada à peleja diária pela meta, talvez, leve a tal lugar. A única certeza que posso ter é que, se lá você conseguir chegar, não terá como me confirmar mais uma de minhas sensíveis teorias.
Ouça: Grand Finale (Elysium, Honor Him, Now We Are Free) - Hans Zimmer & Lisa Gerrard
(Agradecimento especial a Wolney Fernandes, quem me apresentou a canção da trilha sonora de O Gladiador e me inspirou a escrever esse texto)
Imagem: Landscape (óleo sobre tela), de Joseph Yarnell
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