Tenho experimentado ultimamente, neste convívio enriquecedor que é lidar com pessoas, uma das mais lindas experiências que se pode viver nas relações humanas. Falo da integridade do indíviduo, que se mostra como o é ou opta apenas por apresentar o lado bom de seus opostos.
Ainda assim, havendo dualidade ou outras facetas reagentes às milhares de experiências no caminho que se segue, confesso que eu vejo tanta (e muito mais) beleza naquela pessoa que não teme mostrar suas adversidades. Poder confiar em alguém, seja amigo, cônjuge, consanguíneo, etc., é uma experiência gratificante. Convidar alguém a ir a sua diplomação de bacharel, onde somente sorrisos e lágrimas de felicidade são protagonistas daquela cena é a comprovação de que a vitória una pode ser dividida com aqueles que participaram, direta ou indiretamente, dos degraus até o pódio (somente um exemplo). Entretanto, quando as notícias não correm no caminho dos troféus é lamentavelmente delicioso o compatilhamento dele com alguém a quem podemos chamar de cúmplice.
Um de meus grandes amigos, que agora está em Barcelona, tem-se feito presente pelos meios virtuais a acompanhar meus desafetos e triunfos, ou qualquer experiência singular. E compartilhei com ele um momento muito pessoal, que ele acompanha extraterritorialmente, com mais detalhes do que eu posso relatar num weblog público, através dos mesmo bits usados na redação desta mensagem. Invertendo a ordem da máxima maquiavélica, sãos meios que estão justificando fins (ainda que diversos entre o caso amistoso e o caráter público do meu blog).
Desse ensaio doado a meu amigo, perguntei-me por que não poderia contribuir para os visitantes desta minha casa. A resposta foi positiva, cessionária. Através de uma música que eu compartilhava com ele, eu dei o contexto da cultura musical brasileira e minhas devidas críticas - essas são muito radicais, tantas vezes - não cabe estendê-las aqui, no momento. Uma música que o artista Marcelo D2, de quem não faço muito prestígio, porém reconheço que suas influências resultam num bom trabalho, vem ocupando listas de execução em algumas rádios. Refiro-me à música "Desabafo", que possui um sample de uma canção composta por Ivan Lins e Ronaldo Monteiro, lá no início da década de 1970, quando eu não era nascido. A partir da minha curiosidade pela música brasileira, eu andei pesquisando e achei algumas críticas à criatividade de Marcelo D2, quanto ao uso do sample da canção setentista da MPB, cujo trecho remete à incidental voz de Claudia, uma intérprete que eu jamais ouvi falar antes. Bem, minha tendência criminosa de receptação de áudio pirata me fez descarregar a faixa e escutá-la repetidas vezes.
Como blog é um meio altruísta, eu escolhi bem em deixar essa opção de conhecimento, doação e reflexão. Esta mesma que eu faço aqui, aos meus visitantes, aos amigos e... a quem se sentir à vontade em receber. Ei-la: "Deixa Eu Dizer"
Imagem: capturada de http://www.imagick.org.br
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