22 de agosto de 2013
DOS MODISMOS GLACIAIS DO FACEBOOK. (Ou, sob vinte graus abaixo de zero: obrigado(a) por lembrar de mim!)
Por meio de uma redação oficial (há muitas modalidades de texto a se determinarem), algumas personalidades públicas, pessoas jurídicas (indústrias, empresas - sejam de quais ramos forem essas: hospitais, bancos, siderúrgicas, hotéis, etc.), usam palavras para divulgação de seus empreendimentos, lançar alguns novos produto ou serviço ou até gerenciar crise devido a algum ato que comprometa a imagem daquela pessoa e/ou marca; elas se utilizam das diversas modalidades de texto para sua finalidade.
Na Faculdade de Comunicação, aprendemos mecanismos, tipos de texto para cada situação, adequando a linguagem à plataforma e ao público a que queremos nos dirigir.
Após o texto pronto, há utilização dos meios de comunicação de massa desejados para se alcançar o objetivo, e, manter esses meios, implica geralmente organizações amplas, complexas, envolvendo uma grande quantidade de profissionais, a fim de concluir seu produto/serviço que sempre será o texto falado ou escrito, sem esquecer-se também da comunicação feita por imagens.
Para tanto, uma empresa jornalística envolve o trabalho de redatores, fotógrafos, jornalistas, operadores de câmeras, diagramadores, ilustradores, gráficos, entre outros. E por ter grandes custos, que envolve desde pessoal especializado na atividade até material para sua produção, uma empresa de comunicação depende dos imperativos de consumo, por assim desejar garantir a máxima circulação; angariar o maior número de audiência e, quase em regra, aliar-se à venda de publicidade, no caso dos tracionais veículos comunicação. Ademais, há custo também com o aparato tecnológico para o registro de sua atividade e a multiplicação das mensagens impressas, gravadas ou difusas ao vivo.
Em todo o processo de produção e manutenção de uma empresa de comunicação, a tecnologia se tornou aliada da comunicação humana, além de participar da rotina da humanidade ao longo de seu desenvolvimento. Atualmente, fala-se numa era de convergência digital – uma integração de vários formatos de mídias oferecidos num só ambiente (canal) -; assim avalio o comportamento que está se tornando muito comum no Facebook ou outras redes sociais, que possibilitam a integração das mídias.
Poderíamos administrar a comunicação humana (uma comunicação em menor escala, entre uma pessoa e outra, sob a prevalência de laços mais fraternos entre nós, amigos) e não usar as redes sociais - salvo exceções de necessidade específica - como comunicação de massa, onde uma grande quantidade de receptores recebe ao mesmo tempo a mensagem que parte de um único emissor.
Acredito, assim, que após a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a inconstitucionalidade de haver exigência de diploma de Jornalismo para prática de atividades jornalísticas, parece que, no Brasil, nasceu o ímpeto comunicólogo em cada indivíduo. Essa minha análise veio após certa observação no comportamento da maioria no Facebook: quão seus textos estão parecendo – já quase unanimidade – com esses sistemas de comunicação num único sentido.
Observando o comportamento geral, percebo que já virou mania, ademais dos cumprimentos matinais ou noturnos e muitas vezes felicitações que seria a uma pessoa, apenas (ao ensejo, já se incluem os demais para tal fim), estão se tornando comuns nesta rede social a divulgação em grande escala de mensagens. Desejar feliz aniversário, por exemplo, a uma pessoa, dedicando-lhe alguns segundos ou minutos de seu tempo e aproveitando a comodidade e economia desta plataforma, perdeu a paridade de condições entre emissor e receptor, associada à possibilidade de ouvir (ler) o outro e ser ouvido (lido), com a informalidade mútua de entendimento.
Ao desdobrar esse hábito, a cada dia mais comum, concluo com uma avaliação negativa e lanço desaconselhamento sobre o agradecimento em massa aos votos que você recebe exclusivamente em sua rede social. Ainda que se critique com base em etiquetas virtuais nas relações pessoais, essa nova mania de texto de agradecimento A TODOS, como se fosse uma nota técnica, pelos votos positivos, desejos fraternos, etc, causa uma estranha frieza e homogeniza a linguagem, ao passo em que desmerece a atenção personalizada daquela amiga, daquele ente, daquele colega de trabalho ou daquela querida companheira de turma do Ensino Médio que há anos não se vê...
Portanto, que não nos deixemos embarcar sob o viés de distanciamento com requintes da política diplomática, na forma de texto “educadinho”. Ele soa falso, breve e econômico demais para quem lhe tem apreço.
13 de agosto de 2013
Ir e vir
Voltei.
Não como um pássaro
Nem como uma borboleta.
Voltei como homem.
Ando com minhas pernas,
Junto com minha ética.
A vida é mais que uma metáfora.
Ela é dura como mais nada
Que um eufemismo pode aliviar.
Não como um pássaro
Nem como uma borboleta.
Voltei como homem.
Ando com minhas pernas,
Junto com minha ética.
A vida é mais que uma metáfora.
Ela é dura como mais nada
Que um eufemismo pode aliviar.
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