28 de novembro de 2009

O desenhador de luz

À penumbra,
Quando não estou com você, a melhor parte é o sono:
Sonhos permitem companhia da vida que, hoje, faz-me falta.


Imagem: capturada de http://curtas.blogs.sapo.pt/arquivo/lights_out2.jpg

Desafio Complexo (do literal e do figurado)

Desde que conheci o Pensamento Complexo, apresentado por orientação da Professora Dra. Sônia Cândido (in memorian), na minha graduação em Comunicação Social, jamais pude ver a vida e as coisas de maneira indissociável ou unidiciplinar. O que parecia apenas uma teoria científica, a qual beira ao abstracionismo, logo deu melhor sentido a todas as pós-percepções e interpretações sobre este mundão. Ó, complexidade divina, entrelaçando correntes a fim de me fazer tão mútuo e compartilhado: multicoisas!

Eu vim de longe com projetos e ideias arraigadas de superfície de tantas vias. Eu vim, com um diploma que não jus faz um vinte avos do que aprendi, com minha formação profissional com cobertura de pessoalidade e floquinhos de espírito passional.

As redes


Grande mãe, assessora e comparsa do meu sonho. Pai , patrocinador de meus interesses sociais, tios assistentes de impulso ou crítica (a mais): são redes emaranhadas da rede que o Jordão não viu, ainda. Assim, dessas redes associadas à minha ludicidade e sereno caos, parti. Na terra, que não é promessa, alguns peixes, confluindo outras teorias e práticas, encontrei os doutores Emerson Inácio e Mário Lugarinho, os quais me colaboraram com outras redes, fios, matéria-prima poética e prosa e conversa e papo-fora. Aprendi mais e entrelacei mais linhas horizontais, verticais, diagonais... E meu primo Nélio, de pouca companhia, porém compreensão imensurável e dedicação ainda que por telefone, porque lhe falta tempo. Enfim... Guilherme Prado para me escutar e amar, insistindo que é hora de não retroceder porque, em si, há centelha de querer que eu fique também. Pessoas diferenciadas, não melhores que outras, que são parte desse emaranhado complexo de mudança de paradigmas, coisas tantas, que eu vejo com um olhar menos estreito e o viés de um tecido composto por mãos, sonhos, beijos, saudades, apoio e desejo de mim (nao só meu), que vem de outros e me faz mais espitemológico do que eu imaginava.

Agradecimento

A quem devo agradecer? A Edgar Morin, lógico, porque me fez perceber que, ainda nas dificuldades de hoje, o homem que cresceu é a associação de outros homens e mulheres, um todo de muitas partes, metonímia vital. Aos outros, um beijo, minha vida e a adesão de todos os prêmios que nunca serão só meu, caso eu ganhe em meu nome.

Desafio constante

Agora uma novo tema complexo: bem-vindo e maldito-o-tempo-que-aqui-faz e permanecer na andança contra correntes e com todo favor de todos.

Preciso desafiar mais a mim mesmo e quebrar as inabilidades, com um pouco mais de dedicação, ainda confiante na minha competência, que já me rendeu degraus subidos. Preciso ainda ver a ruína de moral, ceder ao anarquismo e continuar furtando sinal sem fio para poder saber um pouco mais do mundo, porque me faltam alguns recursos para ficar no páreo. É preciso tanto, como é preciso muito navegar (ambíguo)...


Um dia desses, quem sabe, eu escreva de uma wi-fi zone, por puro marketing, para fazer o meu, aqui; para poder desabafar, (de novo?); ou para poder, oxalá, dizer (na onda exibicionista, sensacionalista, do Twitter): - tomo um café, ainda que não goste, na companhia do Sr. Morin! Au revoir!


Imagem: Calabi-Yau, capturado no Wikepedia

26 de novembro de 2009

15 de novembro de 2009

Saudade de Casa

Hoje deu saudade da terra natal. Fim de semana um pouco tenso por conta do concurso em São José dos Campos (fui lá ontem e retornei no mesmo dia): um calor tremento estava. Domingo quente também em Campinas.

Domingo + Calor + Leitura de Blog = Lembrança de Maceió

Esta equação nostálgica teve resultado positivo na mente, quando , ao visitar o blog As Incríveis Aventuras de Pepão e Beta, deparo-me com bela imagem do pôr-do-sol de Pajuçara - bairro onde moraram meus avós por muito tempo e onde morei na infância. Uma época que eu era até mais bronzeadinho... Saudades de casa!


Foto: Pepão

13 de novembro de 2009

Outro

Disseram que vim do pó,
Que sumiria como poeira,
Tamanha a insignificância.
Depois me disseram que ser feliz
É impossível, sozinho.
Dessa vez me reduziram à metade.
Tudo bem...
Fui esse aí!

Mas não posso negar:
O amor me deixa outro.

Imagem: A.G.

2 de novembro de 2009

Ponto Cardeal

Neste lar de graça e revitalização, eu me encontrei com meses passados, através da janela onde eu ia e olhava o norte. Ali, foram-se muitas lágrimas e vinha agonia; o ar da rua que entrava para eu respirar um pouco de fora: sentir que estava vivo, coração batendo. Eu via o sol nascer para todos, mas ele não era meu, só não era meu. Agora, o quanto de mim está mais ao sul? Ao norte, apenas a paisagem que não vejo há um bom tempo. Há pedacinhos de mim em cada ponto cardeal.

"Não posso mais perder meu caminho. A leste, aqui, é o mar."

Imagem: capturada de http://rainbowsky.blogs.sapo.pt/arquivo/alone%5B1%5D-thumb.JPG