2 de maio de 2010

Uma tal da cultura do m²

Cada um no seu espaço.
Você, quando precisa de mim,
Não vê empecilho.
Quando eu preciso de você,
Há um aperto imenso,
Até um cisco no olho,
A incomodar para não me ver.

Você não pode atender minha ligação;
Jamais teve tempo para aquele papo-em-dia;
Conta, em breves linhas, que 'tudo vai bem'.

Eu hesito em responder.
Para que?
Você já espera que 'tudo esteja bem'.
Fica complicado para dizer:
"Tudo certo como dois e dois são cinco",
A quem não terá tempo para compreender.

Não vou lhe pôr a culpa pela morte de Clarice.
Não lhe darei, também, explicações sobre a mesmice.
Pois tudo vai a seu modo, então,
Como Deus queira, enfim.
Em mim, a ideia da fita, da régua, da reta...
Em si, a geometria da isenção.

Por enquanto, só insisto em dizer a mesma coisa:
É tão injusto... que pena!
Você delimita muito a expansão cardíaca,
Alcançando os limites do mediastino, apenas.

Imagem capturada de Artesanato Natal

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