7 de janeiro de 2015

Sobre a paz daquela menina que me deixa intranquilo

Enxurrada de água
Lavou minha paz
Pra mim tanto faz
Ontem ou hoje:
Eu quero.
Amanhã.
Você.
Minha existência estendeu
O caminho dos sorrisos despretensiosos.
Ah, mas sou mais um descrente
Da paz no mundo!
Vi deus morrer num gole de ciência;
Nos olhos da inocência sua,
Vi o amor e o tamanho de tudo.
Quão grande,
Tão pouco tempo
Passando.
Passando a mão no seu cabelo;
Rindo dos primeiros verbetes
Pronúncia dos dias.
Prenúncio da contemplação,
Eterno:
Dura o tempo que juntos.
Seguro meu sermão de morte
Escondo meu templo da sorte
E acredito em quase tudo novamente.
A paz se foi?
A dor bateu quando me vi partir.
Dois anos de paz.
Jamais um dia após o outro.
Todos os dias,
Entre minhas metas,
Analgesia.
Dois anos: Bia.
Você vive no meu dia
De cada vez.

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