27 de janeiro de 2010

Em busca do Sim (Ou, Respeitável Público)

'Não, não foi dessa vez.' Todas as minhas argumentações parecem convergir ao substrato negativo de perspectiva por uma emoção pequena, mas plausível de remuneração. “Qualquer coisa que se sinta; com tanto 'sentimento', deve ter algum que sirva”? Cantaria ao necessitado labor? Até que ponto eu chegarei para reunir todos os meus talentos e papéis acumulados e esbarraria na insuficiência verbal? Logo eu que amo os verbos e os permito acompanhar-me aos insinuantes e devassos gabinetes de autoridade e subserviência, em níveis hierárquicos!
Não posso servir a dois senhores. Contudo há opções de escolha. Há? Ah, há sim. Há em mim, sobretudo, a opção de questionar o não, assim como fiz, hoje, com a maior cara lavada, e como taco encerado... na soleira da porta onde tropecei e caí. E ela bateu. Aliás, bateram-na, com a poesia licenciada de rima fácil, antiafirmação.
Os sábios miolos mentais confundem-se nesta hora vaga que se estende até não sei quando, ora. Os medianos me ultrapassam com vontade e os tolos facilitam tudo no cenário itinerante para eu poder atuar, onde eu vejo mestres e doutores: pobre figurantes. Assim, fico sem saber discernir coeficiente de inteligência nem classificar sapiens... É muita mistura, portanto é melhor relativizar e enlouquecer um bocadinho, embora eu não saiba quem chamar para sê-lo comigo. E quem se arrisca? Arrisca? Pode dizer não, será mais um para coleção de rimas, de fatos, de laços e inabilitação.
A porta da rua é serventia da casa e a janela para o terraço é mais uma brincadeira de mau gosto que me pregaram para rir neste estado de pão e circo. Cadê o palhaço, ômi?! Talvez ele esteja por aí fazendo o lanche ou sentado à mesma mesa espelhada, cujo reflexo eu tenho medo de ratificar.

Imagem capturada de http://www.crunchgear.com/2009/11/30/why-the-crunchpad-mattered

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