21 de janeiro de 2010

Olhando assim, até quando?

Meu corpo pede mais do que minhas mãos. Eu suplico mais do que mãos, ainda. As tuas mãos vão me descobrindo nos intervalos de tua vida. E eu fico pensando até quando eu terei de esperar intervalos, recreio, diversão, apenas. Já me divertir demais. Tolero as distrações humanas, embora não conceba a maior parte delas para meu projeto de longa estada. Sinto-me mal por me perder de vista, sobretudo, dentre os que perdi em terras mais quentes que fui incitado a deixar. Aqui, faz um calorzinho, por enquanto.
Em se tratando de conveniência, eu omito. Não dá para mentir, não faz parte do meu projeto. Verdade incessante é apenas uma: eu quero vencer de alguma forma; de preferência, a mais honesta. E o projeto que insisto em dizer é completo, inclui até o amor Eros. Só que as coisas estão concatenadas permanentemente. Eu não posso amar sem ter como sustentar a palavra Amor, sem ter como saber pilotar veículo movido ao que ultrapassa o sonho.
As estradas que tenho visto só levam à fugacidade incoerente de causar arrepios e provocar hormônios. Tão só. Dessas estradas, eu faço desgosto, com cara de abuso, porque faço ideia de onde estão as carcaças, ferro velho e veículos abandonados pelo antiprazer em certa idade.
Podem me recomendar a calma, podem até receitar antidepressivo, calmante, diamante, tenente ou qualquer rima para fugir da prosa mental que termina breve, sem gozo. Eu vou preferir tua prudência, a minha inocência, sangrando, parida de tanto renascer em cinzas paulistas, tal qual suas nuvens preceptoras de arrogância em 'terra boa'. Infelizmente, tenho pressa, não dá para esperar ficar calmo, pensar, agir e esperar uns meses onde tudo pareça ser resolvido - as agonias atuais - e eu me tornaria o mesmo, cópia de muitos homens que palatalizam seus fonemas, orgulhosos, e acumulam fortunas, em número de Produto Interno Bruto, que pouco interessa a quem enxerga e sobrevive com renda per capita de sua realidade genuína.
Eu já estou sem finanças equilibradas; devo minha vida em dias de ansiedade aos fiadores da minha estada, que estão nervosos - até cobram sem ganância. Eu não tenho muito dinheiro no bolso; não tenho como pagar uma bebida para quem me daria prazer em ser voyeur de uma sessão embevecida de alguma gaseificada (que seja!). Eu só queria ver...
Por enquanto, eu só queria ver. O prazer que está em meus olhos é tão inabalável que, de verde como a esperança popular, chama sem voz, nutre-se da vista de quem não se vê por dias. Então, persisto nos primordiais projetos e depois, creio, clamará um nome só...Teu nome? Muito franco (,) este nome, por ora e oportunamente, eu prefiro não eleger, mas apenas esperar. É como manda a regra. Estou aprendendo a obedecê-la.

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