4 de março de 2011

Aderência nordestina

Um homem não disfarça seus laços eternos,
Internos e leva para onde for.
Desde pequeno, o desagrado ensina;
Sina, e não foge do seu destino.

Desde menino, Nordeste -
Vive em mim -
Um passo a cada dia;
Eu cultuei suas nuanças mais heterodoxas:
Repeli o vulgar saboroso com acordes de sanfona
Para evidenciar o árido na alma
Condutor do calor que trago à terra fria.

Não há esforço em entender-me?
Não culpo as cautelas nem vossa assepsia.
Eu não carrego nunca uma bandeira
Porque queira ou não queira
Eu já tenho muito pano pra manga.

Então vou me lembrar dos cajus,
Dos dezembros cajueiros,
Da Batalha que estive,
Seu leite em declive;
Política que mais lembrava
A mordenização de um cangaço.

Eu tenho laço -
Sou da capital.
Eu tenho sangue.
Não grito um sobrenome estrangeiro
Porque sou nordestino, brasileiro,
Sou dos que choram mais que a metade
Em aderência por inteiro.
Pontuo assim (e apenas)
Meu nome.


4 comentários:

  1. Oi, gostei dos seus posts,tô seguindo. Depois passa no meu blog também : http://wglacerda.blogspot.com/
    Até mais

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  2. Suas palavras sao suaves e ao mesmo tempo tocantes,incrivel....Os detalhes dao sempre o toque final...otimo carnaval e nova seguidora..beijooos

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  3. E onde vou, vou com a mala cheia de quem sou. Inevitável bagagem.

    Abraço,

    Jair Gabardo.
    www.paraquefiquem.blogspot.com

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