Uma literatura absurda; não apenas pela forma. Continha versos, versus recorrente, pois sempre. Parece que me coloco como oposto de tudo aquilo que parece ser eu numa espécie mais sofisticada da língua na vida. Com brio nas arestas, até; polimento das coisas para luzir no alto das suas procurações. Diz-se procurado, acha-se no seu predicativo, um sujeito estranho; menos mal: existente! Conteúdo, meu caro esquisito verbo de ligação, talvez comece no sujeito elíptico. Por que ele se esconde nas suas desinências? Não, não sei o porquê.
Artimanhas da língua, uma sintaxe onde me perco em análises das próprias produções, uma autocrítica com status de análise. Difícil compreender o que se diz; mais difícil depreender a função de desdizer, beirando à semântica da insuficiência. Uma análise sintática, quase psicanalítica: ficar interpretando o dito pelo não dito.
Escrever conteúdo de forma frenética para encontrar deus no altar, nas substantivas subjetivas, encher de oferendas e orações lacunas de não dizeres. E, depois, no que está dado, no seu veredito, desinfetar o predicativo do sujeito com água benta da saliva que pinga da língua muda..
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