Caso encontrasse espaço,
Quando buscasse a sorte
Da forma que partilho a vida
Igual seria a morte
Partilhada na língua que fala
E que diz mais a respeito de tudo.
Contudo recomendaria a trilha
Com nada de passos atrás daria.
À frente da minha agonia:
Um traço do meu esboço.
Quão grande tenha sido a lacuna
Vacina para esses dias,
Um lugar de qualquer um de nós,
Um lugar para todos nós -
Um lugar qualquer, um quase-lugar.
Andar sem permitir desviar
Olhar perdido que estava;
Daria mais uma volta por cima,
Daria mais um milhão de léguas;
Andaria como quem leva
A sorte sempre por baixo do plano.
Quando eu estiver sem sono,
Quando não me caiba debaixo dos panos
Que eu viva a vida num canto
Em busca dos teus braços;
Quando os olhos cerrados
Encontrem o calor sob o manto
E durma para agir noutro campo.
Do tamanho do meu esforço,
Será sempre depois o talento.
Jogaria no baú o esboço
E viveria o desenho novo
Aquele que dá cabo à moda
E resgata a tradição de busca.
Escuta! Percebe! Responde!
Eu hei de esperar mais uns anos?
Eu já acumulo planos.
Eu já sinto um sono.
Prefiro fazer um acordo:
Faço tudo como proposto,
Enquanto ainda estou acordado.
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