17 de junho de 2009

Meu Sangue Latin[d]o


Lágrimas borravam nanquim e sonhos
No papel branco, em branco, dos contraste da vida.
As linhas pretas, a visão turva, a agonia
De quem não prosseguia escrita alguma.
Tudo permanecia borrão.

Eu já não era um homem de palavras.
Elas eram de homem só.
Elas não faziam diferença e companhia.

Tentei escrever com azeviche: não flui.
Troquei por grafite, mas lhe havia na mistura.
E crise de celulose, o meio-ambiente reprime...

Escrevo na pele e no corpo os contraste da vida:
Letras de sangue sobre o moreno-claro da tez
Talvez, eu não conclua nenhuma estrofe.
Certeza, as artérias lhe digam melhor.



Ouça: Sangue Latino, de Secos & Molhados

Um comentário:

  1. "Não existe saudade mais cortante que adie um grande amor ausente, dura feito diamante, corta a ilusão da gente.."
    Melhoras, Cris!!
    Beijoo

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