"Não há almoço grátis", pensei nisto esses dias, até pelo teu trabalho te pagam para o compromisso imediato, para que tenhas à mão este escambo de papel ou plástico com um chip que, se tiveres sorte, vem reluzente e enganador, como tudo que reluz, sempre. Podes pensar nas pérolas, nas pedras preciosas ou no tesouro onde piratas há tempos esconderam dos donos obcecados e um tanto quanto danosos, tais quais os piratas, os sacerdotes eos alquimistas. Quem sabe ainda agradeças a Constantino por alguma coisa interessante para a posteridade, no caso, agora.
Se fores mais detrás da pedra filosofal, descobrirás que és um tribal metalizado. Esta obsessão constante, até antes de Constantinopla, por brilho, porque brilhar tem sido o sinal mais coerente desde a invenção do fogo. Dele, a luz veio para fazer sombras dos mitos, inebriar uma caverna inteira ou queimar senhoritas pagãs, um tempo depois, sob égide de um conhecimento materno de minha própria língua, esta última flor fascista com a qual fui doutrinado, dos escritos do Malleus Maleficarum Maleficat & earum haeresim, ut framea potentissima conterens, um assassino tão fascista, sexista, machista, racista, periculoso e opressor quanto a língua sobre a qual Barthes ensaiou. Ainda que eu falasse iorubá, como um nagô vencedor sobre o português escravista que aqui invadiu, matou também o tupi-guarani, disputou com a menos evoluída do Lácio na Península Ibérica, e nos deixou marcas além da nossa comum próclise, no português brasileiro.
Qual seja o livro que reja uma vida rija de fonte, de contos e alucinações... Que tal acreditares que Davi derrotou Golias, mas hoje ninguém consegue derrubar Temer ou sair ileso após às dezoito horas? O cansaço da vida passa por todos os caminhos físicos que um sobrenatural aí criou ou, contradito, na Seleção Natural, que afinal, finda na mesma hereditariedade que me impôs a língua portuguesa para sobreviver ou pedir um x-burger antes de ser devorado por uma reprodução diferenciada. Antes que seja "voilá", haja "top" entre nós para entender melhor Darwin.
Amém? Saravá!
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