Em julho de 2009, apresentei meu Trabalho de Conclusão de Curso, sobre Sotaque em Televisão/Preconceito Linguístico, juntamente com minha companheira de pesquisa, à época, a também estudante Christiane Patrícia, sob orientação do Prof. Dr. Aldir Santos de Paula, do Programa de Pós-graduação em Letras, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e a fonoaudióloga, mestre em Letras e Linguística e professora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Gabriela Sóstenes. A pesquisa avaliou a aceitação do nordestino com relação à sua própria variação linguística (sotaque), quando emitido profissionalmente em Telejornalismo.
O trabalho foi feito a partir de embasamento teórico dessas áreas em torno da Comunicação, gravação de áudios - narração de nota esportiva - por 4 telejornalistas (dois paulistanos e dois maceioenses) e, em seguida, aplicamos questionário, avaliando as impressões que os ouvintes (juízes da pequisa) tinham a respeito do que ouviram. O resultado foi uma mostra do quanto uma estandardização de um tipo de fala em TV - os conhecidos padrões de voz no telejornalismo - pode acarretar em preconceito e autoaversão com o seu modo de falar.
Fiquei muito contente quando soube que a pesquisa rompeu os muros da academia e informou aos alagoanos sobre sua maneira de falar. A pesquisa foi mencionada numa matéria de televisão, apresentada pela TV Educativa de Alagoas, a qual compartilho, neste espaço, com meus leitores.
O Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade foi um critério para obtenção do título de bacharel em Comunicação Social: Jornalismo, como também uma maneira de contribuir socialmente para refletirmos sobre nós mesmo.
Belo tema de projeto hein rapaz?
ResponderExcluirJá eu tenho muito, muito medo do preconceito em relação ao sotaque nordestino no mercado de trabalho, eu sei q existe, mas não vou fazer disso uma fobia que me dissuadirá de meus planos.
Abração!
O preconceito existe, sim, por aqui (e por aí também). Desde 'sotaque engraçado' até 'carregado', que a gente escuta, parece que não se dão conta das dimensões continentais de um país que fala Português, apenas. Mas é aquela coisa: só mudar quando o trabalho exige muito e mesmo assim tem de pesar de vale a pena todo sacrifício.
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