26 de junho de 2010

Com qual sotaque você se identifica? Por quê?



Em julho de 2009, apresentei meu Trabalho de Conclusão de Curso, sobre Sotaque em Televisão/Preconceito Linguístico, juntamente com minha companheira de pesquisa, à época, a também estudante Christiane Patrícia, sob orientação do Prof. Dr. Aldir Santos de Paula, do Programa de Pós-graduação em Letras, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e a fonoaudióloga, mestre em Letras e Linguística e professora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Gabriela Sóstenes. A pesquisa avaliou a aceitação do nordestino com relação à sua própria variação linguística (sotaque), quando emitido profissionalmente em Telejornalismo.
O trabalho foi feito a partir de embasamento teórico dessas áreas em torno da Comunicação, gravação de áudios - narração de nota esportiva - por 4 telejornalistas (dois paulistanos e dois maceioenses) e, em seguida, aplicamos questionário, avaliando as impressões que os ouvintes (juízes da pequisa) tinham a respeito do que ouviram. O resultado foi uma mostra do quanto uma estandardização de um tipo de fala em TV - os conhecidos padrões de voz no telejornalismo - pode acarretar em preconceito e autoaversão com o seu modo de falar.
Fiquei muito contente quando soube que a pesquisa rompeu os muros da academia e informou aos alagoanos sobre sua maneira de falar. A pesquisa foi mencionada numa matéria de televisão, apresentada pela TV Educativa de Alagoas, a qual compartilho, neste espaço, com meus leitores.
O Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade foi um critério para obtenção do título de bacharel em Comunicação Social: Jornalismo, como também uma maneira de contribuir socialmente para refletirmos sobre nós mesmo.

2 comentários:

  1. Belo tema de projeto hein rapaz?
    Já eu tenho muito, muito medo do preconceito em relação ao sotaque nordestino no mercado de trabalho, eu sei q existe, mas não vou fazer disso uma fobia que me dissuadirá de meus planos.
    Abração!

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  2. O preconceito existe, sim, por aqui (e por aí também). Desde 'sotaque engraçado' até 'carregado', que a gente escuta, parece que não se dão conta das dimensões continentais de um país que fala Português, apenas. Mas é aquela coisa: só mudar quando o trabalho exige muito e mesmo assim tem de pesar de vale a pena todo sacrifício.

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