12 de junho de 2010

Os ataques dos discípulos do Imperador Cláudio II


A quantidade de pessoas que eu vi questionando a relevância da data em que é celebrado, comercialmente, o dia dos namorados foi espantosa. Eu li frases de muita ironia, destrato, contestações, deboches... então me perguntei: por que será que essas pessoas julgam irrelevante um dia de celebração, como esse, e se preocupam tanto em deixar marcado seu comentário de desdém?
Tirando por mim, que não tenho nada o que comemorar, porque nunca estive, em um namoro, sempre que se passa por esta data (não porque quero, que fique claro!), há, realmente, uma insignificância, mas em tantos anos, quando não me queixo, este dia passa desapercebido: é preto ou é branco, ou é indiferente ou é lastimável.
Posso exemplificar que, singularmente este ano, é um pouco inútil não ter o que comemorar, quando minha vontade é, de fato, que eu pudesse brindar pelo dia de hoje e pelos dias que pudessem fazer parte de 'nossa' história. No entanto, estar solteiro – mesmo que não seja algo lamentavelmente absurdo – é, de certa forma, um vazio (dentre outros) que posso congregar. Porém, não quero me unir aos críticos desta data.
A coisa mais engraçada que acho nos solteiros xiitas que, pela web, eu pude conferir, foi o fato de grande parte deles se incomodar com um dia em que qualquer casal que se ama pode celebrar o momento em que o mercado do consumismo dedica decoração, ofertas, jingles, etc, aos unidos. Sentir-se excluso(a), mesmo que seja de algo superficial e mercenário, deve ser um incômodo muito grande a quem só participa de celebrações nos outros dias do ano, consumindo a liberdade mercadológica de comprar refeição para um, uma camiseta para si mesmo(a) ou qualquer outra inutilidade, como quem se autopresenteia.
Valho-me do ditado velho e oportuno para os solteiros radicais, que estão atacando mais uma data, para eles(as), infeliz: “quem desdenha quer comprar”. Então, que se compre um ingresso, apenas, para o cinema, um mesa monoparental no restaurante ou, no máximo, um par de ingressos para algum concerto dedicado aos exaltados de hoje. A pena é que, extrapolando, você terá uma companhia, mas não há muito o que comemorar com essa, afinal, você continua solteiro(a) e o comércio, por hoje, não precisa de você.
Aos casais que estão alegres, desejo um sábado onde se expresse mais do que os cartões de mensagens prontas fazem, que presentes valham mais do que o significado monetário e que, se for para comemorar de verdade um sentimento, que seja feito à maneira de cada um! Feliz Dia dos Namorados! E que a mensagem de São Valentim esteja dentro do espírito dos indivíduos!

Imagem capturada de: http://www.mworx.at/

2 comentários:

  1. Confesso que só me dei conta da data no fim do dia de ontem. Por pouquíssimo, não me passou completamente despercebida. Provavelmente, pela força das circunstâncias...
    Mas também nunca vi muito sentido, que não o mercadológico, nessas marcações no calendário: dia das mães, dos pais, das crianças, dos namorados... enfim...
    E olha, isso é para além do "quem desdenha que comprar", viu? rs
    De qualquer forma, tenho quase certeza de que, em outras circunstâncias, o Valentine’s Day Tupiniquim dificilmente passaria sem ser notado por esta cidadã quase anticapitalista que vos fala. rs

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  2. Se me desse chances não passaria o Dia dos Namorados sozinho. Só prestar atenção direitinho e verá que só depende de você mudar o jogo kkkkkkk
    Gosto muito de ler seus textos. Parabéns Cristiano!

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