Os filmes de terror me dão um certo medo. Lembro-me de que, ao chegar em Campinas, para morar, a primeira sessão de cinema a que assisti foi uma película do gênero. Desde lá, já vi alguns outros e eles sempre causam um impacto até umas horas após a ascensão dos créditos. Para contextualizar essa história, estou estudando o cineasta David Lynch, no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas. Um curso tardio para um espectador-curioso tardio. Eu deveria ter dedicado espaços de um de meus hobbies favoritos ao artista há um bom tempo: antes tarde do que nunca.
Comecei a entender o porquê de meus companheiros de pós-graduação ovacionarem Twin Peaks, nas discussões em sala de aula. Ainda não vi a supracitada série, mas conheci um pouco sobre ela e seu referido diretor e roteirista.
Por meio deste curso oportuno, gratuito e instigante, conheci outro autor que, tratando-se da sétima arte, utiliza de elementos críticos à cultura estadunidense, desdenhando com símbolos patrióticos - como hino e bandeira nacionais -, agregando, à tensão diante de imagens violentas, valores importantes para sacudir a opinião espectadora, geralmente, acostumada a ser massa consumidora apenas de mais um tipo de entretenimento. Estou falando de Alexandre Aja, cujo nome surgiu em meu rol de know-how, pela primeira vez, na noite de ontem. Nunca tinha antes visto um filme de terror enviesado assim. Achei bacana a genialidade sutil que fora de um curso, talvez, passasse-me despercebida por ser apenas um thriller no repertório de visualidades. A propósito, o titulo assistido foi Viagem Maldita (The Hill Have Eyes). Fica a dica aos amantes do gênero ficcional ou para quem compra a ideia do engajamento plural de um sucesso da telona.
Imagem: capturada/Portal The Best Horror Movie
Nenhum comentário:
Postar um comentário