Eu não falo tua língua.
Tuas línguas ensopadas,
Numa estrada infinda,
Que eu já não busco
Aos olhares cegos das campinas.
Mato, areia, águas...
Prata, ouro e tesouro perdido.
Imagina o tempo a capturar
Líquidos que escorrem leves,
Minérios que ornamentam outros,
Vegetais que não me vestem nem me escondem.
Tenho eu de esconder-me de um minerador?
Vê a marca no meu braço, desde ontem:
O teu silêncio e a minha resposta à deriva.
Da boa vista, só me resta o astigmático
Que me fiz ao nascer muito depois de uma festa junina.
Existe o homônimo traduzido
Do latim; expressões forenses aprendidas
Não me servem de nada
Nesta cidade esquecida, desde ontem.
Existem a natureza e a captura.
Existe a fuga de cada viagem, desde ontem.
Cada partida, um entusiasmo se alcança.
Lembra aquela estrada infinda?
Lembra aquela bobagem dita?
Recorda o mais alto alcançado!
Cada chegada é bem quista, desde ontem.
Imagem: May 2
cada chegada é bem quista e cada partida é desejada, desde ontem, desde sempre. O que fica são os amores, os amigos e os poemas em cada porto, mesmo que a cidade só tenha campinas.
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