19 de maio de 2009

Sujeito Paciente

O longo prazo é esperado pelo sujeito impaciente, com ansiedade em demasia.

Sujeito, você precisa ter calma. A voz verbal que lhe diz esquizofrenicamente comandos de ação agora lhe pede paciência. Passivamente, você não pode chegar lá no fim do prazo longo, mas ele chegará a você. Contudo, não deixe de agir. Seja agente da passiva, mas não esqueça o tipo de sujeito que você foi. Se possível, sempre transcreva a atividade de sua rotina para, subjetivamente, ver onde é o seu lugar.

Bom também é não se prender a linearidade da preguiça. Pense, confuso ainda, nas edificações mais deslocadas e encontre a síntese, mas não se permita viver apenas a bela sobriedade de Le Corbusier.

Desenvolva tesão em contemplar traços. Leia a história de Jó. Ouça Lenine. Dance valsa com o mundo. Seja paciente, não esqueça, e aja pacientemente haja o que houver. Se não quiser seguir metodologias, crie uma. Elas são chatas, mas ajudará a ter calma e enxergar minúcias.

Sujeito, você andou tão de pressa, em círculo, e não observou outras formas. Os complementos estão circunscritos no seu mundo. Espero que os pegue e os alinhe nas mais diversas formas e encontre, assim, novas frases de efeito. É o que você precisa para se efetivar.

Ah, um último conselho, para quando você estiver ativo: respire sem vírgulas, porque você nunca poderá ser separado de seu predicado.

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