Eu fiz um texto tão curtinho para o dia do meu aniversário que depois de lê-lo cheguei à conclusão de que não me expressei do tamanho da felicidade alcançada naquele dia.
Devido às mensagens atrasadas, felicitando-me, estendo minha felicidade de celebração aos dias sucessivos em que pude conhecer tanta gente interessante em São Paulo, que entre um brinde e outro, puderam compartilhar da intersecção de sentimentos (oscilando sempre e, por vezes, interagindo) nesse momento tão significativo para mim.
Fiquei aqui lembrando a veracidade do meu companheiro de casa, Marcelo, ao desejar seus votos. A presença constante do Davi Rosa, sempre animado, com solicitude e sorrisos, a bater o coração concomitantemente à música que explodia em festejo natalino na Voodoo. O casal anfitrião da ceia, Marcos e Luciana, que além da recepção, marcaram presença no baile dos meus parabéns por estar vivo e contar mais um ano. Aí vieram tantos outros, desconhecidos, mas que num mesmo espaço, permitiram que a festa fosse de todos e que eu me sentisse o mais social dos aniversariantes.
Depois da noite de luzes e sons na Associação dos Empresários Brasileiros de Diversões, veio o dia e até o café na padaria da esquina, na companhia da Débora, teve um sabor especial ainda que no cardápio houvesse apenas um pão na chapa e um suco de laranja. O alimento da alma cedia um pouco do seu sabor ao improvisado desjejum.
Então, veio o sono necessário e o telefone que tocava e me lembrava que ressaca maldita é fichinha diante de todas as felizes lembranças que vinham em tantas vozes e sotaques. E mais à noite, pude encontrar minha ex-companheira de pós, Karine, hoje uma amigona e meu queridíssimo João Paulo (JP), que também comemorava mais um natal na vida. E a Rua Augusta, tão mestiça me chamava mais uma vez para celebrar apenas a alegria que, para mim, estacionava no copo e, sobretudo, gelada, descia pela boca, trazendo a frescura e mais um prazer que por anos eu aprecio. E aí o dia 25 passa, mas minha viagem comemorativa não parava...
Já era dia 26, e a proposta foi um filme no cinema: outro grande prazer meu. JP e eu na noite paulistana não nos contentaríamos com apenas uma sessão, havia outra cessão, essa para os prazeres da boemia, tão afastada de nós, cúmplices, há alguns anos, devido às mudanças dos ventos de cada um. Enfim, o reencontro é possível para que nos permitamos festejar alguns momentos pequenos, os quais somados serão o grande repertório que, um dia, dentre nossas coleções de fatos na lembrança, acusarão que nossos sorriso não foram poucos - e sempre válidos.
Era a esquina da Frei Caneca com a Peixoto Gomide que, no meio do caminho à Av. Paulista, decidimos parar. Todas as cores do arco-íris, uma animação intensa e no meio de tanta gente, só nós dois aproveitávamos aquele papo afim, lembrando os tempos bons, rindo do passado ao contabilizar sucessos e gafes, e projetando o que será de nós, que só Deus sabe. De repente, uma surpresa ótima, Alexandre, outro querido amigo, aparece quase que de surpresa para me dar o abraço mais desejado daquela noite, sem reparar que já faziam algumas horas que comemoramos a nova idade... mas como não haveria de ser bem-vindo, felicitações tête-à-tête? Cervejinha, novamente, conversa boa e um dos mais belos sorrisos paulistanos (da gema). Assim, a hora passa rápido e a companhia de dois queridos amigos tem o prazo definido pelo cansaço.
O desfecho das noitadas teve data definida para uma segunda-feira, que não teria nada de especial se não fosse a presença de JP e Marcelo, para, uma vez mais, celebrar esta alegria extensa de dias que jamais esquecerei dos meus vinte e tantos anos, celebrados em Sampa.
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