28 de junho de 2011

Decisão matriarcal

Todas as vontades não couberam num corpo já fragilizado. Era muita irresponsabilidade nossa querer ter por perto alguém que só precisava de descanso. Seria muito egoísmo de cada um de nós exigir que ficasse para juntos termos alegria diante de tanta dor, que talvez não chegue ao tamanho da nossa saudade.
Hoje, estou distante da minha família, foram escolhas, que me trazem prazer, mas vive concomitante com ausência sentida, nosso desafio de cada dia por estar bem e procurar sempre por isso.

Neste domingo, D. Eunice descansou de sua vida muito bem aproveitada, às dores que, ultimamente, faziam, aos que amavam, pouco a pouco e tão rápido, perceberem que a melhor vontade é aquela que acrescenta outras vivências que nossa pouca inteligência demora a entender.
Sinto saudades da minha avó e, sobretudo, sinto muito por não estar perto dos que ainda aqui estão, para darmos forças um ao outro, como temos feito dentro de nosso alcance. Dor e conforto se misturam entre lágrimas e sorrisos, que vêm à lembrança quando evocamos um nome que sempre nos inspirou vontade de viver e agora nos sensibiliza com imediata e pontual atitude de coragem e fragilidade, decidindo a maior de suas vontades: ser eterna.
Nosso amor, maior conquista com a educação que tivemos, garante atitude coerente de convivermos com uma falta tremenda, ao passo que confiamos em nossas metas sem o olhar de uma grande matriarca.
À minha família, meus sentimentos.

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