8 de maio de 2011

Meus corações dedicados

Depois de ter sido bombardeado por quase um mês na caixa de e-mail com newsletters de empresas desejando convencer que o meu amor por minha mãe merece ser pluralizado com sifrão, finalmente chega o dia em que o comércio determina que é dia dela. Não comprei nada, infelizmente. Não foi hesitação à ditadura mercadológica nem falta de nada. Apenas um plural inaceitável para mim, impossibilitado por incongruência de sentido. Ela - minha mãe - é hoje a pessoa mais valiosa do mundo para mim. O melhor presente se eu pudesse NOS dar seria estar ao lado dela neste dia, uma outra impossibilidade.
Meus dotes artísticos nas plásticas não são nada competentes, mas neste momento estou de frente à tela que eu fiz com uma temática voltada para ela, em que os movimentos das minhas mãos pareciam ser motivados pelo amor que lhe tenho. Na verdade, o amor maior e único incondicional deste mundo, sem necessidade de retribuição no segundo domingo de maio.

"Mamãe, mamãe, não chore.
Eu quero, eu posso, eu quis, eu fiz.
Mamãe, seja feliz.
Mamãe, mamãe, não chore.
Não chore nunca mais, não adianta...
Eu tenho um beijo preso na garganta.
Eu tenho um jeito de quem não se espanta.
(Braço de ouro vale 10 milhões)
Eu tenho corações fora peito.
Mamãe, não chore,
Não tem jeito."

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