Parece repetir-se o Canto de Ossanha em um repeat desacelerado - para magoar em doses sádicas - combinado com uma Salvifici Dolores, orientando o pobre masoquista a aceitar sua cruz.
Obrigado por sua colaboração!
Inevitável sucumbir a presença do senhor que se sobrepõe ao que obedece. Muitas vezes isso se segue com a educação democrática e se veste de colaboração para adaptar-se às líricas da atualidade.
Obrigado por sua ignorância!
Entre o sim e o não, o silêncio põe a dúvida que revela desprendimento. Assim, ignorar o 'opositor' faz de qualquer um detentor dos poderes de cárcere que nem quer ver quem ali dentro esteja.
Obrigado por seu escarro!
Nada mais realista que a permanência até que se obtenha o volume exato de cuspir toda vingança de grosso modo.
Obrigado pelo seu passado!
Já é a obediência e a tomada de culpa até onde não se estava presente - mas agradece.
Obrigado pela minha morte!
Há quem lhe lega uma vala emocional e convida impiedosamente a fazer abrigo eterno na dureza que lhe convier.
Obrigado pela saudade!
Quando Deus lhe entrega a rotina, traça seu destino e combina a dor nisso. Então, o indivíduo febril entende a ausência provocada e calada no surto de enfermidade. Ninguém ouvirá seu pranto, ao menos que você reconheça que não consegue mais... E cobre a presença quando não há ouvinte.
Imagem capturada: Rosa, de Chema Madoz
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