12 de maio de 2011

O Pequeno

É possível ver o contrário ao fato
Que diria pouco do feto,
Pequeno, miúdo, crescido
E continua pequeno
E grandemente querido.

Há uma luz em sua direção,
Ela indica o caminho do sonho.
Pode ela dizer algo real,
Sem fazer notar que aparência engana?
Pequeno tamanho do lado de fora
Uma grua imensa a capturar sua imagem tremenda.

Um homem de afeto
Cresceu mais um ano do quieto
Silêncio da palavra e de pouca fala;
E quando diz de si mesmo revela imensidões
Sobrepujando o que por ora cala.

O nome da inocência, diria,
Às vezes, parece um lado oculto, de fato?
Nada como guardar
Em si mesmo o enredo de tudo.
Dê-lhes o roteiro da vivacidade dos seus olhos
Que dizem tanto sobre seu cinema mudo.

Sorriso prazerosamente lido
E perde quem não registra o fato.
A ficção engana tal qual sua estrutura
Grande, por assim dizer, contradita estatura:
A mais bela cena no próximo ato.

Poema dedicado a Alexandre Brandão Guedes, em celebração ao seu aniversário.

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