30 de maio de 2011

Organizando

Eu olhei bem para o meu quarto e percebi a bagunça que ele estava. Na verdade, nunca fui tão organizado no meu canto mais íntimo, mas desta vez percebi que a desorganização estava escancarada na minha frente: trabalhos dos meus alunos, misturados aos DVDs, CDs, produtos de higiene pessoal, agendas, roupas...Se eu parasse para procurar alguma específica, demoraria muito para saber onde deixei. Em analogia à vida, ela mesma me mostra como tudo está: o pensamento, o compromisso com a profissão, com a carreira e, o pior de tudo, comigo mesmo.
Em meio a esta desorganização está meu desespero e a falta de força para deixar tudo em ordem, aí parece um efeito de avalanche, que vai levando tudo que está à frente.
Chegou a hora de deter tanta destruição. Começar pelo mais fácil, mas não esquecer o que precisa transformar. Vendo coisas simples no seu lugar, não preciso mais me preocupar com elas: detalhes unidos formam o conjunto da importância.
Tudo no seu devido lugar, aprendi que nunca estará, mas uma coisa de cada vez surte efeito de força e, se a tempestade passar por aqui, a união fortalece e unidade resiste com mais poder.
Se eu consegui organizar palavras e formar frases, consequentemente parágrafos e, o melhor resultado, um texto, por mais simples que seja, o processo de sofisticação é outra etapa, pois os resultados visíveis já são bom sinal de que o senso de organização está presente. A vontade de pôr em ordem este lugar, o meu lugar - também em mim mesmo - é a vitalidade suficiente para estar bem onde estou.

Imagem: capturada de "Simples assim? Nem tanto!"

2 comentários:

  1. "Não posso planejar minhas horas de sono, de trabalho, ou de exercício, Mary.
    Sempre ouvimos falar que todos são capazes de acordar, tomar chá, e ir para a cama num determinado horário,
    todos os dias - e se orgulham desta disciplina. Para mim,esta gente está vivendo apenas o Mesmo Dia sempre.
    Eu preciso deixar que aconteçam as coisas que precisam acontecer, então é necessário estar aberto para o inesperado.
    Eu sou diferente a cada dia que passa e, quando tiver oitenta anos, espero ainda estar experimentando mudanças
    internas e externas. Se chegar a esta idade, não vou ficar pensando nas coisas que já fiz,
    porque quero usar cada porção de vida que ainda resta.
    Não posso planejar nada de importante, só pequenas coisas.
    Quem planeja o que é importante, transforma tudo em pequenas coisas."

    As cartas de amor do profeta, Kahlil Gibran

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  2. Gostos das coisas ali, como eles devem ser e estar. A ordem fácil no espaço, no tempo no meu espaço e tempo.
    Organizado.

    Abraço forte e boa semana.

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