Noutro tempo, bem ali no sítio da Casa da Quintã,
Foi onde desci daquele progresso em comboio
Para os braços de ontem, às vésperas de amanhã.
N'alguns minutos à tua espera, todo o afã
À entrada de uma estação quase vazia
E, no presente, o meio de uma estirpe alemã
Chegaria a tempo em transporte à primeira vigaria.
Duas mulheres a receber-me com simpatia;
A filha da outra, que uma geração
No ventre dela quão breve far-se-ia.
Enquanto meu ventre apertava a emoção.
Fui bem-vindo entre a bem-aventurança
Dos filhos da dona com sorriso no rosto,
Filhos do orago a quem a terra, à bonança,
Já traz romântico patrimônio no composto.
Houve, àquela morada cuja carta enviada
Neste agosto a celebrar tão nobre data,
Visita breve, mas que a carta leve, abreviada,
Novamente a recompor tanta estima nata.
Foi de passagem que estive, e ainda assim
A euforia contive para memorizar o trajeto
E retornar ao lar no dia de hoje, enfim,
A dar-te, no sonho da manhã, todo meu afeto.
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